quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Inevitável.
Você sofre por amor, por aquele que não te merece.
E quando, finalmente, o sofrimento encontra uma maneira de ir embora você fica repetindo na frente do espelho: "e-quem-disse-que-eu-gostava-dele?", "não-era-amor".
Incansavelmente você se convence que tinha que ser assim, e que agora vai se manter alerta. 
Você vai comprar sapatos porque eles são mais previsíveis, e sempre que tiver uma crise existencial irá ao shopping ou beberá um copo de tequila para ficar tudo bem.
Promete ao seu coração que a não vai mais vacilar e que agora vai ficar atenta para não sofrer de novo.
Mas aí, BUM: acontece de novo.
Outra vez fica esperando a ligação, relendo os torpedos mil vezes só para ter o prazer de sorrir de novo. Vai ao shopping escolher a melhor roupa e o melhor sapato, não para se curar de uma crise, é porque agora você tem uma encontro com ele - um alguém que chegou num momento inesperado - , e com certeza está ansiosa pra isso.  
Todas músicas que antes eram melancólicas e falavam de coração quebrado, agora fala sobre você e ele. 
E de novo, e de novo, voltou tudo a acontecer.
Mas, você prometeu ficar alerta, prometeu ao seu coração que não ia esperar mais nada de ninguém, que tinha amadurecimento, que tinha crescido, que tinha mudado. 
O que você não esperava é que quando se trata de amor nunca conseguimos ficar alerta, você sempre estará vulnerável. 
Sempre esperará pelo torpedo da madrugada, torcerá que a rádio toque a música favorita dele e que sábado chegue para que possa assistir os filmes mais bestas da "sessão da tarde" mas, que ficam lindos quando compartilhados com esse alguém tão inesperado. 

Desconheço a autoria

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